Sindicato Rural de Bela Vista MS

Riedel (centro): Brasil é exemplo de práticas sustentáveis

Agricultura de Baixo Carbono vai consolidar alta produtividade da agropecuária brasileira

Os sistemas e técnicas da agricultura de baixo carbono vão permitir que o Brasil se consolide como um País cuja agropecuária tem alta produtividade, garantindo a viabilidade econômica das propriedades rurais. A avaliação é do vice-presidente diretor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, que participou, nesta quarta-feira (28/11), em Brasília, do Seminário de Lançamento da 3ª Edição do Guia de Financiamento da Agricultura de Baixo Carbono (ABC).

A realização do seminário e a elaboração de uma nova versão do guia – que traz informações sobre o tema, linhas de financiamento e roteiros para elaboração de projetos, entre outros dados – são parte de um projeto desenvolvido pela CNA em parceria com a Embaixada Britânica desde 2011. O objetivo é difundir o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Governo federal.

O gerente de Projetos para Sustentabilidade e Mudanças Climáticas da Embaixada Britânica, Guilherme Johnston, afirmou que o foco, nesse segundo ano de parceria com a CNA, é mostrar que a agricultura de baixo carbono é viável do ponto de vista econômico. Durante o seminário, realizado na sede da CNA, foram apresentados estudos de viabilidade econômica para troca de práticas tradicionais, adotadas atualmente nas propriedades brasileiras, por técnicas e sistemas sustentáveis da agricultura de baixo carbono. Os primeiros estudos foram feitos para as culturas de cana-de-açúcar, silvicultura, cacau, suinocultura, pecuária de leite e de corte.

Johnston afirmou que, a partir de agora, uma das prioridades é intensificar a capacitação dos técnicos como forma de ampliar o número de projetos aprovados no âmbito do Programa ABC. Segundo a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, a meta é capacitar 800 técnicos em 2012, número superior ao de 2011, quando 600 pessoas foram capacitadas em seminários realizados em vários Estados.

Ela lembrou que o crédito disponível para aplicação na safra 2012/2013 por meio do Programa ABC soma R$ 3,5 bilhões. “A meta é ter esses recursos efetivamente aplicados ao final do ano-safra, trazendo ganhos para o setor”, afirmou. É possível financiar uma série de práticas sustentáveis por meio do Programa ABC, entre elas o plantio direto, integração lavoura-pecuária- floresta, recuperação de áreas degradadas, fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas e tratamento de dejetos animais. “O Brasil é exemplo no mundo todo por seu plantio direto, manejo de solo, na pecuária e por outros modelos sustentáveis”, afirmou Riedel.

O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Caio Rocha, afirmou que o Plano ABC envolve os três maiores bens de uma propriedade rural: solo, água e florestas. De acordo com o MAPA, entre julho e outubro deste ano (quatro primeiros meses do ano-safra 2012/2013), foram liberados R$ 936 milhões em financiamentos para o Programa ABC, uma das iniciativas do plano. Esse valor é 588% superior ao montante contratado em igual período de 2011.

Frederico Piauilino, do Banco do Brasil, lembrou que faltavam informações sobre a agricultura de baixo carbono quando o programa foi lançado, em 2010. “Percebemos que o caminho era juntar esforços para que conseguíssemos avançar”, afirmou. Para ele, a agricultura de baixo carbono é “a terceira onda de produtividade da agricultura brasileira, com viés de sustentabilidade”. Também presente no seminário, o diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), Cesar Augusto dos Reis, lembrou que, na fase de crescimento, as florestas plantadas, de eucaliptos ou pinus, absorvem os Gases de Efeito Estufa (GEEs).

Autor: CNA

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