O I Congresso Mundial do Couro, realizado em novembro, no Rio de Janeiro, foi um sucesso: “O evento superou as expectativas de participação, contando com a presença de 356 participantes, de 26 países, dentre empresários, produtores, técnicos, autoridades e jornalistas”, avalia Wolfgang Goerlich, presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e do International Council of Tanners (ICT), entidades responsáveis pela organização do congresso em conjunto com a Couromoda.
O congresso apresentou debates em alto nível e foi palco para a exposição das mais modernas tendências do setor e de projetos e iniciativas ligadas à inovação, relata Goerlich. “Com base no sucesso do evento, estamos projetando a realização de uma nova edição no futuro, inserindo o congresso no calendário definitivo da indústria coureira”, diz ele.
Na avaliação do presidente do CICB, o evento pode ser considerado um marco para o segmento em nível mundial. De acordo com ele, o êxito da atividade foi resultado da intensa cooperação entre os diversos elos da cadeia coureira. “O fato de o Congresso Mundial do Couro ter sido realizado em conjunto com o Congresso Mundial do Calçado resultou numa produtiva soma de esforços”, afirma Goerlich.
A opinião do presidente do CICB é compartilhada por José Fernando Bello, diretor do Congresso. Para ele, a realização dos dois congressos em situações e momentos paralelos mostrou-se sinérgica. “Este formato proporcionou maior integração de empresários, a convergência de oportunidades e a interface de novas ideias”, afirma.
Desafios para a indústria do couro
O Congresso Mundial do Couro reuniu mais de 40 palestrantes e debatedores, entre personalidades, pesquisadores e líderes empresariais da cadeia mundial. Dividindo experiências, compartilhando dados inéditos e analisando mercados e oportunidades, os especialistas puderam mostrar aos participantes do congresso os caminhos mais promissores e em ascensão para a indústria do couro.
O britânico Paul Pearson, secretário geral do ICT, mencionou em sua apresentação que os países em desenvolvimento despontam como mercados a serem explorados, principalmente nos segmentos de calçados e estofamentos automotivos. Pearson também disse que um dos grandes desafios da indústria do couro é o desenvolvimento de um trabalho de comunicação que destaque a diferenciação do couro em relação aos materiais sintéticos.
Para o presidente da divisão couros do Grupo JBS, Roberto Motta, a indústria do couro deve focar principalmente em novas estratégias de atuação. Como exemplo, ele cita o continente africano como uma região promissora para o mercado, despontando como uma oportunidade para crescimento de negócios.
Fonte: Agrolink