A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e a Frente Parlamentar do Agronegócio da Assembleia Legislativa do Estado estão se articulando para lançar uma campanha de não-veto ao Projeto de Lei do novo Código Florestal brasileiro, aprovado pela Câmara dos Deputados e que aguarda sanção presidencial.
De acordo com o presidente da Faeg, José Mário Schreiner, o setor produtivo goiano acredita que o texto elaborado no Congresso atende aos anseios de preservação do meio ambiente em consonância com a produção de alimentos. O presidente da Frente Parlamentar, deputado estadual Valcenôr Braz (PTB) adianta que a Frente está preparando uma audiência pública que marcará o lançamento da campanha “Não Veta Dilma”, em Goiás, de sanção total do texto do Novo Código Florestal.
José Mário relembra que o tema foi e está sendo amplamente discutido Brasil afora pela sociedade. “Somente o então relator do projeto na Câmara, o atual ministro Aldo Rebelo, realizou mais de 250 audiências públicas em todo o País. E, o debate não parou durante a relatoria do deputado Paulo Piau. Poucas vezes na história do Brasil um assunto foi tratado de forma tão democrática e participativa como o Código Florestal”.
José Mário defende ainda que o Brasil é um exemplo de conservação ambiental uma vez que 61% de suas matas originais estão preservadas, assim como também é uma referência mundial na produção de alimentos. “No País, meio ambiente e produção agropecuária caminham juntos, como em poucos países do mundo”, ressalta o presidente da Faeg.
Nota técnica
O representante dos produtores de Goiás, diz que recebeu com estranheza a Nota Técnica n° 001/2012, da Associação Brasileira de Entidades Estaduais do Meio Ambiente (Abema), que solicita à presidente Dilma Rousseff o veto total ao novo Código Florestal. José Mário acredita que a Nota, relatada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás (Semarh), não representa a grande maioria da opinião da sociedade goiana.
“Essa Nota desconsidera todo o trabalho de debate democrático realizado pelo Congresso e todo o esforço da sociedade brasileira em contribuir para a construção de um texto de Projeto de Lei equilibrado. É unilateral, ao contrário do projeto aprovado pela Câmara, que levou em consideração a opinião de todos os segmentos envolvidos nas discussões”, reitera José Mário.
O representante da Faeg defende também que toda a movimentação em torno do novo Código Florestal é extremamente positiva para a imagem do Brasil, neste momento em que o país irá sediar a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. “Poucas foram as nações que tiveram coragem e atuaram na vanguarda ao promover uma discussão de tamanha amplitude e que levasse em consideração o meio ambiente e a segurança alimentar”.
Autor: FAEG