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Sindicato Rural de Bela Vista MS

Frigoríficos do Paraná pedem apoio do governo

Frigoríficos do Paraná pedem apoio do governo para evitar escassez de bois para abate

Pecuária paranaense sofreu com duas crises recentes que penalizaram o setor e desestimularam os criadores

A escassez de bois para abate nos frigoríficos paranaenses e a criação de uma câmara setorial para a pecuária de corte no Paraná foram dois assuntos discutidos entre o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e representantes dos frigoríficos paranaenses, liderados pelo presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná, Péricles Salazar.

Segundo Salazar, a pecuária paranaense sofreu com duas crises recentes que penalizaram o setor e desestimularam os criadores. Uma delas foi à crise da febre aftosa em 2005, seguida da crise econômico-financeira mundial quando nas duas situações os preços da arroba do boi caíram muito e os pecuaristas reduziram o número de matrizes.

– Essa redução está refletindo agora com falta de matéria-prima nos frigoríficos que estão com capacidade ociosa – disse Salazar.

Para reverter esse quadro, Salazar pediu apoio na Secretaria da Agricultura para adoção de medidas que estimulem o crescimento do rebanho bovino no Paraná, atualmente com 9,2 milhões de cabeças. Entre essas medidas Salazar sugeriu incentivo à retenção de matrizes, melhoramento genético, melhoria de pastos para os rebanhos.

Para complementar essas medidas, todos os assuntos de incremento à pecuária de corte do Estado devem ser discutidos numa câmara setorial da pecuária de corte, com a participação de todas as entidades que representam a agropecuária paranaense que possam contribuir na tomada de decisões para o setor, sugeriu Salazar.

Baixo carbono

Ortigara apresentou aos representantes do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarnes) os programas da Secretaria destinados a incentivar a pecuária de corte que prevê a integração de lavoura, pecuária e floresta.

– Para isso os pecuaristas podem fazer investimentos em áreas de pastagens, acessando financiamentos com recursos do governo federal que está ofertando para o setor com prazo de 12 anos para pagamento e juros de 5,5% ao ano, as taxas mais baixas do mercado – disse o secretário.

Segundo Ortigara, isso é possível porque o Paraná aderiu ao programa Agricultura de Baixo Carbono, instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que prevê a redução de 37% de redução de emissão de carbono até 2020. E o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta está contemplado nesse programa que tem recursos disponíveis da ordem de R$ 2 bilhões de um total de R$ 18 bilhões ofertados pelo governo federal para o crédito rural.

No sistema de integração lavoura, pecuária e floresta no Paraná pode-se aliar o plantio de milho, com o plantio de leguminosas para recuperação de áreas de pastagens degradadas e o plantio de espécies florestais. Ortigara salientou que esse sistema propicia o aumento ainda maior da produtividade do milho, que já é elevada no Estado. Além disso, é uma das formas de imprimir mais eficiência à pecuária, setor que movimenta um conjunto expressivo do agronegócio paranaense como as indústrias de ração, curtumes, entre outros.

Fonte: Governo do Paraná

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