A campanha de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa em Minas Gerais, que iria de 1° a 30 de novembro, foi prorrogada nas regiões afetadas por causa da seca. A data limite para a vacinação será nos dias 17 ou 31 de dezembro, de acordo com critério do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que dividiu os territórios que sofrem com a estiagem em duas macrorregiões. Com a seca e a consequente falta de pastagem e água, os animais ficam mais fracos e mais propensos a terem reações adversas à vacina – com a prorrogação, a esperança é que a chuva venha e, com isso, os animais fiquem aptos para a imunização.
Até o dia 17 de dezembro, devem ser vacinados os bovinos e bubalinos das cidades de Bambuí, Belo Horizonte, Curvelo, Guanhães, Juiz de Fora, Oliveira, Passos, Patos de Minas, Patrocínio, Pouso Alegre, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Viçosa. Já Almenara, Governador Valadares, Janaúba, Montes Claros, Teófilo Otoni e Unaí, na segunda microrregião, terão tolerância até o dia 31 de dezembro para que criadores comprem a vacina e imunizem seus animais.
A campanha de vacinação é destinada a bovinos e bubalinos com idade entre 0 e 24 meses. Com a prorrogação do prazo, a expectativa é atingir o mesmo percentual de imunização do ano passado, que foi de 98,28% do rebanho. “A expectativa do governo de Minas, ao conceder o novo prazo, é garantir a imunização de aproximadamente 9,5 milhões de animais”, afirma o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto.
O diretor-geral do IMA também destaca as consequências da falta de chuvas no período de vacinação. Ele cita a falta de pastagem e água nessas regiões, levando o rebanho a ficar mais fraco. “Por isso, não é indicado vacinar os animais nessas condições. Ao vacinar um animal debilitado, a resposta imunitária não é tão eficaz. Com o início das chuvas, os pastos e animais estarão em melhores condições”, diz.
Porém, para as propriedades localizadas nas cidades beneficiadas com a prorrogação e que não estão sendo prejudicadas pela estiagem por alguma razão, a vacinação deverá ser realizada dentro do prazo inicial, que termina no fim deste mês. O local da aplicação da vacina é na tábua do pescoço do animal, preferencialmente por via subcutânea, com o cuidado de manter a seringa na posição inclinada, quase em pé, com a agulha apontando para baixo. Recomenda-se que o produtor que tenha animais de alto valor econômico solicitem o acompanhamento de um veterinário no procedimento.
Fonte: Globo Rural