SAFRA 2011/12: Plano para agricultura empresarial é lançado oficialmente pela presidente
O Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da safra 2011/12 da agricultura empresarial foi oficialmente lançado nesta sexta-feira (17/06), em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, pela presidente da República, Dilma Rousseff, e pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi
A solenidade foi prestigiada por outras autoridades do governo, lideranças políticas e do agronegócio. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, estava presente no evento. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já havia antecipado algumas das medidas no início de junho e nesta quinta-feira (16/06) detalhou o plano durante entrevista coletiva concedida pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. O governo vai disponibilizar R$ 107,2 bilhões para a agricultura empresarial na safra 2011/12. O valor é 7,2% superior ao destinado na safra passada. O ministro da Agricultura disse no lançamento que o atual plano agrícola é “uma revolução”. “Ele consolida o respeito à produção e, mesmo em tempos de contenção, o governo está disponibilizando esse valor para a agricultura brasileira”, afirmou.
Inovações – Tanto o ministro como a presidente da República destacaram na solenidade as novidades que o PAP 2011/12 está trazendo e que contemplam a produção de laranja, cana-de-açúcar e a pecuária. Houve a inclusão dos produtores de laranja como beneficiários da Linha Especial de Crédito a Comercialização (LEC) e foi criada uma linha de financiamento para as indústrias financiarem seus estoques. Pela primeira vez, foi criada uma linha especial para os criadores de gado. Nela, produtores terão financiamento de até R$ 750 mil para a aquisição de reprodutores e matrizes de bovinos e búfalos. Para custeio, os pecuaristas terão seu limite aumentado de R$ 275 mil para R$ 650 mil. “Também vamos financiar a renovação de pastagens e queremos melhorar a produtividade passando da atual média de 1,2 cabeça por hectare para 3 cabeças por hectare em dez anos. Isso vai mudar o nosso patamar e liberar mais terras para o cultivo de outras opções”, ressaltou Rossi.
Cana-de-açúcar – O governo também criou um programa de investimento para ampliar a produção de cana-de-açúcar, um dos pontos para tentar solucionar o problema da escassez de etanol em alguns períodos do ano, jogando o preço do combustível para cima. O limite de contratação será de R$ 1 milhão, com prazo de cinco anos para pagar. O ministro ressaltou ainda a simplificação das normas do Plano Safra, promovida com o envolvimento do ministério da Fazenda e do Banco do Brasil e o apoio ao médio produtor, cujo limite de renda bruta anual para enquadramento no programa passa para R$ 700 mil.
Código Florestal – Rossi também falou sobre o novo Código Florestal Brasileiro e atribuiu à presidente Dilma as conquistas alcançadas até o momento em relação à matéria, como a admissão da soma da Área de Preservação Permanente (APP) para compor a Reserva Legal. “As orientações da presidente Dilma permitiram os avanços no Código Florestal”, frisou. Ao final de seu pronunciamento, ele enalteceu a agricultura brasileira. “O Brasil possui 55% de sua cobertura vegetal original. Ocupamos a terceira posição mundial cultivo de produtos orgânicos e temos 8 milhões de hectares de florestas. Nós praticamos uma agricultura respeitando a natureza e as relações de trabalho”, completou.
Dilma – A presidente da República também destacou o fato do País ser um líder na produção agropecuária. “Somos um dos poucos países no mundo com condições de fornecer alimentos para o mercado internacional, cuja demanda é crescente”, disse. Lembrou que o Brasil também destaca na área ambiental e energética mas que há um compromisso também com o lado social. “Temos que nos tornar também uma potência social pois os alimentos são essenciais para que a nossa população tenha de fato condições de vencer as desigualdades e garantir mesa farta a 190 milhões de brasileiros para que tenhamos um povo com melhores condições de renda, sem fome e sem miséria”, frisou Dilma ao final do seu discurso.
Fonte: Portal do Agronegócio