Embargo europeu à carne de fêmeas bovinas brasileiras começa a valer no dia 6 de outubro
Por Acrissul | Da Assessoria de Imprensa
A diretoria da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) esteve reunida na sexta-feira, 20/9, com o representante da Superintendência Federal da Agricultura (SFA/MS), José Antônio Roldão, para tratar da preocupação com os impactos negativos que ocorrerão devido a suspensão das importações, pela União Europeia, de carne de fêmeas bovinas do Brasil, que são submetidas à inseminação artificial com o uso de estradiol.
De acordo com o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, há uma quantidade significativa de animais confinados, sendo preparados para os frigoríficos e, posteriormente destinados ao mercado europeu.
O ofício circular do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), informa que no prazo de 30 dias, contado a partir de 6 de setembro, a União Europeia não aceitará mais carne de fêmeas bovinas do Brasil, até a implementação de protocolo visando fornecer as garantias de que as fêmeas nunca foram tratadas para fins reprodutivos ou zootécnicos, com estradiol. A suspensão começa efetivamente no dia 6 de outubro.
Na próxima semana, a Acrissul enviará ofícios para a DIPOA e ao Mapa solicitando a dilatação deste prazo, para que os impactos sejam minimizados sobre a pecuária local. Em Mato Grosso do Sul, cerca de 260 pecuaristas têm registro no Sisbov (Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos) justamente para atender o mercado europeu.
“O prazo é curto”, argumenta o diretor e pecuarista Ronan Salgueiro. “Para a criação de um protocolo desta magnitude precisamos de pelo menos mais 90 dias, o tempo suficiente para entregar o gado que já está sendo preparado há tempos para atender justamente o mercado europeu”, analisa.
Até solucionar o impasse, o Brasil só poderá enviar carne bovina de animais machos para a União Europeia.