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Sindicato Rural de Bela Vista MS

Serviços na Capital e setor sucroenergético puxam geração de empregos em MS

Maioria das vagas de trabalho com carteira assinada em março foram geradas em Campo Grande e em cidades com usinas de açúcar e etanol; mulheres ficaram só com 1/3 das vagas, maior parte na Capital

Correio do Estado- Eduardo Miranda

A demanda por serviços em Campo Grande, e as contratações do setor sucroenergético nos municípios que têm usinas que produzem açúcar e etanol puxaram a geração de emprego em Mato Grosso do Sul no mês de março, quando houve um saldo de 3.680 vagas de trabalho.

O mês de março foi o com menor saldo do primeiro trimestre, uma vez que em fevereiro foram gerados 5.676 empregos e em janeiro, 4.916 empregos no Estado.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.

Quase um terço das vagas de trabalho geradas no mês trabalho em Mato Grosso do Sul foram na capital, Campo Grande: 1.098 ao todo. Cidades como Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Naviraí e Sonora, se destacaram na geração de emprego no mês de março.

O município de Ribas do Rio Pardo, que nos meses de fevereiro vinha, ao lado da Capital, puxando os novos empregos em Mato Grosso do Sul, reduziu a intensidade de aberturta de vagas em março.

Foram 229 novas vagas no terceiro mês do ano, contra um saldo de 1.253 de janeiro e de 1.466 em fevereiro.

A queda nas contratações no setor da construção civil que constrói na cidade a maior fábrica de celulose do hemisfério sul, pertencente à Suzano, puxou a queda. Foram 114 novas vagas geradas por este setor na cidade.

Outras 76 vieram do setor de serviços, 23 da indústria, 27 do comércio, e a agropecuária fechou 11 vagas.

Distribuição por setor

As 3.680 vagas de emprego geradas em Mato Grosso do Sul no mês de março resultam de um número de 37.054 admissões contra 33.374 desligamentos. O Caged, é bom lembrar, só contabiliza os contratos de trabalho formalizados via CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), ou seja: os empregos com carteira assinada.

Serviços prestados por microempreendedores individuais (MEIs) ou por contratação via qualquer outro tipo de pessoa jurídica (PJ) não estão incluídas nestes dados.

Das 3.680 vagas geradas no Estado, 1.525 vieram do setor de serviços, 849 vieram da indústria, 610 da construção civil, 400 do comércio e 296 da agropecuária.

Quase dois terços das novas vagas no mercado de trabalho foram ocupadas por homens: 2.519. As mulheres ocuparam 1.161 novas vagas com carteira assinada em Mato Grosso do Sul.

Setor sucroenergético

As cidades que têm em seu território usinas que transformam cana-de-açúcar em etanol e açúcar ajudaram a puxar a geração de empregos no Estado no mês de março. Uma das justificativas é que o mês dá início ao período da nova safra, em que se intensifica o corte da cana e o processamento do vegetal no novo ciclo.

A cidade de Rio Brilhante, por exemplo, teve um saldo de 236 novos empregos com carteira assinada; Nova Alvorada do Sul, gerou 228 novas vagas de trabalho; Sonora, 182 e Naviraí, 152.

A título de comparação, Dourados, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, teve saldo de 41 vagas geradas; Três Lagoas, a terceira maior do Estado, gerou 72 vagas de trabalho, e Corumbá, quarto maior município; 97 vagas.

Nestas cidades com usinas, a maioria dos empregos também são do setor de serviços, pois tratam-se de trabalhadores como motoristas de caminhão, e técnicos que pilotam os implementos que atuam na colheita da cana, atualmente quase toda mecanizada.

Capital

Em Campo Grande, o setor de serviços também é o que mais emprega: 514 trabalhadores. O comércio teve 299 novas pessoas empregadas com carteira assinada. A construção civil gerou 118 vagas, a indústria 82 vagas e a agropecuária, 85.

A capital de Mato Grosso do Sul também é a cidade onde há o maior equilíbrio de ocupação de vagas por gênero. Das 1.098 vagas abertas, 551 foram ocupadas por mulheres, e 547 por homens.

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